“Sim, fomos, somos e seremos comunistas, seguindo na esteira de Lénine”, prometeu Jerónimo de Sousa no final de uma declaração em vídeo, feita através do “site” do PCP e das redes sociais, em que apresenta os comunistas portugueses como “continuadores da luta por uma sociedade nova liberta da exploração do homem pelo homem”.

Em três páginas, apresenta Lénine como “o genial continuador de Marx e Engels, figura de primeiro plano do movimento operário e comunista e da História Universal contemporânea, dirigente da primeira revolução proletária vitoriosa e fundador do primeiro Estado socialista - a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas”.

E cita Álvaro Cunhal, líder histórico dos comunistas portugueses, para dizer: “Nós, comunistas portugueses, devemos muito a Lénine, como o devem os comunistas e trabalhadores de todo o mundo.”

Jerónimo de Sousa enumera o legado de Lenine: “Devemos a Lénine a bússola segura para a orientação da nossa atividade de partido patriótico e internacionalista”.

Depois, fez uma crítica ao capitalismo e as suas “contradições”, que “conjuga a sua natureza opressora com modalidades novas e mais complexas de exploração do trabalho e de predação planetária”.

“Hoje, um milhar e meio de grandes empresas multinacionais controlam mais de 60% da economia mundial e 26 multimilionários detêm uma riqueza igual à metade mais pobre da população mundial – cerca de 3,8 mil milhões de pessoas”, exemplificou.

O “caráter desumano do imperialismo”, segundo Jerónimo, tem tradução também no atual “surto epidémico mundial”, “mantendo e intensificando bloqueios e reforçando sanções ilegais contra povos e países”.

Daí que o secretário-geral do PCP considere que o “socialismo permanece com todo o seu potencial de realização no horizonte da luta dos trabalhadores e dos povos” dado que o “capitalismo não tem soluções para os problemas do mundo contemporâneo”.

“É com a profunda convicção de que o socialismo permanece como uma possibilidade real e alternativa ao capitalismo e a mais sólida perspetiva de evolução da Humanidade que celebramos neste dia a vida e obra de Lénine e continuamos a nossa luta”, concluiu.