Milhares de trabalhadores, dirigentes e ativistas sindicais estiveram hoje de manhã concentrados em frente ao parlamento para protestar contra a revisão da legislação laboral, no momento em que os deputados e o Governo discutiam o tema em plenário.

“A escolha é uma, vamos reverter as medidas da ‘troika’ que prejudicaram as condições do trabalho no privado e baixaram os salários para toda a gente ou vamos deixar que medidas negociadas com os patrões, à vigésima quinta hora, contrariem os passos que já tínhamos dado”, questionou a coordenadora do BE, Catarina Martins.

Pelo PCP, Jerónimo de Sousa defendeu a necessidade de “uma política de Estado para combater a precariedade”, referindo que o partido está disponível para um exame comum à proposta que for votada e que será perante o produto final que decidirão.

Do partido Os Verdes, o deputado José Luís Ferreira reiterou a posição contra uma proposta que considerou pretender “perpetuar a precariedade”, numa altura em que “as coisas do ponto de vista económico estão melhores”.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, prometeu um verão e outono “quentes” na contestação contra a revisão da legislação laboral.

Milhares de trabalhadores, dirigentes e ativistas sindicais estão hoje concentrados em frente ao parlamento contra a revisão da legislação laboral, no momento em que os deputados e o Governo discutem o tema em plenário.

A proposta de lei do Governo surgiu na sequência de um acordo de concertação tripartido, subscrito por todos os parceiros sociais exceto a CGTP.

A CGTP defende a rejeição da proposta de lei do Governo e promete tudo fazer nesse sentido.

A proposta do Governo para alterar o Código do Trabalho prevê, entre outras medidas, a redução da duração máxima dos contratos a termo e o alargamento do período experimental de três para seis meses.