Em comunicado, o PCP aludiu à informação hoje divulgada pelo regulador do setor energético, ERSE, segundo a qual a Galp vai obter “um valor das margens comerciais”, entre 2010 e 2026, “em torno de 1.158 milhões de euros”, com a “venda de excedentes de GNL (gás natural liquefeito) nos mercados internacionais”.
Ou seja, estimaram os comunistas, entre 2010 e 2016, a empresa vai arrecadar “cerca de 476,8 milhões de euros sem que tal tenha tido nenhum impacto na redução das tarifas de gás natural aos consumidores portugueses”.
Para mais, realçou o PCP, “tal ocorre em simultâneo com a recusa da Galp em pagar a Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético!”.
Esta informação, acrescentou o PCP no seu comunicado, “dá inteira justificação ao recente requerimento do PCP para audição parlamentar do secretário de Estado da Energia, para que essas mais-valias comerciais venham a ser devolvidas aos consumidores portugueses através de uma correspondente descida dos preços do gás natural”, o que, anunciou, também vai ser objeto de “adequada proposta” no quadro do Orçamento do Estado para 2017.
Os comunistas entenderam ainda que “o que a ERSE agora ‘descobriu’ deve ser considerado um verdadeiro escândalo nacional”, além de ser, acrescentaram, “a demonstração da enormidade política da privatização da GALP e das suas graves consequências para a economia e as famílias portuguesas”.
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