“Não basta o Governo vir sempre com a mesma lengalenga das medidas implementadas na última legislatura ou reapresentar medidas que já foram anunciadas na presente legislatura”, defendeu Ana Mesquita, na Assembleia da República, no debate de atualidade requerido pelo PCP sobre a preparação do novo ano letivo.

Na opinião da deputada “é preciso cumprir as medidas positivas que decorrem do Orçamento do Estado e que decorrem da proposta e da intervenção do PCP, mas isso não chega”.

“É preciso mais e o mais que é preciso tem que ser no sentido da rutura com a política de direita e na afirmação de uma politica patriótica e de esquerda”, apontou.

Ana Mesquita salientou que o partido requereu o debate em causa “porque tem de ser agora e não apenas no primeiro dia de aulas, o momento para debater as alterações concretas que têm de ser feitas e para apresentar soluções para os problemas que estão colocados ao nível da recuperação das aprendizagens dos alunos e da valorização da escola publica e de todos os seus trabalhadores”.

“Há uma semana o Governo anunciou o chamado plano de recuperação de aprendizagens [Plano 21/23 Escola +] assentando as sua apresentação mais nos milhões acenados do que nas alterações concretas do ponto de vista da organização do ano letivo. Na verdade, tratou-se sobretudo do enunciar de um conjunto de intenções pouco claras, nada detalhadas e limitadas no tempo, cuja aplicação atira apenas para dois anos letivos”, criticou.

Para o PCP, “importa que o Governo esclareça cabalmente que meios efetivamente vão estar ao serviço das escolas para que exista a autonomia que permita o reforço dos apoios pedagógicos e sociais, a contratação dos trabalhadores necessários, a diminuição do número de alunos por turma” porque “autonomia sem meios é só verbo de encher”.

“Para isso nunca faltou, nem nunca faltará a proposta e a intervenção do PCP que concreta, sucessiva e consequentemente tem lutado pela defesa da escola pública democrática, universal, gratuita, inclusiva para todos, garantindo aquilo que são o respeito pelos direitos dos alunos mas também dos seus trabalhadores”, rematou.

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