“Ainda bem que foi ouvido e, portanto, ainda bem que se abre um caminho de clarificação da situação”, afirmou Paulo Raimundo durante um desfile da CDU, no Porto, que juntou mais de uma centena de pessoas.
Na sexta-feira, António Costa foi ouvido pelo MP no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) no âmbito da Operação Influencer, sem que tenha sido constituído arguido.
Para o dirigente comunista, que no desfile se fez acompanhar do cabeça de lista ao Parlamento Europeu, João Oliveira, é uma “boa notícia” saber que um “alto responsável” não está envolvido em casos de corrupção.
“Se se certificar que não está, e pelos vistos parece que não está, acho que é uma boa notícia”, frisou.
Paulo Raimundo comentou que “ninguém fica agradado” com situações destas.
A Operação Influencer levou na altura à detenção de Vítor Escária (chefe de gabinete de António Costa), Diogo Lacerda Machado (consultor e amigo de António Costa), dos administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, que ficaram em liberdade após interrogatório judicial.
Existem ainda outros arguidos, incluindo o ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente Nuno Lacasta, o ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira e a Start Campus.
O caso está relacionado com o projeto de construção de um centro de dados na zona industrial e logística de Sines pela Start Campus, a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, e a exploração de lítio no distrito de vila Real, em Montalegre e Boticas.
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