“Este programa é contrário aos objetivos, aos valores e às conquistas de Abril” que “é Paz, é soberania, é progresso, é desenvolvimento, é produção nacional, é melhoria das condições de vida, é combate à injustiça e à desigualdade, o oposto ao programa da direita, da AD e do Governo”, afirmou.
Paulo Raimundo discursava durante o almoço-comício do PCP para assinalar os 50 anos do 25 de Abril e os 103 anos do partido, que juntou perto de 800 pessoas nos Pavilhões do Parque de Feiras e Exposições de Grândola.
“Se é verdade que hoje, na Assembleia da República, o grande capital tem mais serventes e tem melhores condições para impor a sua política, também é verdade que gostariam, mas não têm as mãos livres para impor as suas opções”, disse.
No encontro com os militantes e simpatizantes do partido, o líder comunista reiterou as críticas deixadas no sábado, durante a “Festa da Juventude. Mais Abril”, em Lisboa, em relação à carga fiscal.
“A pergunta que é preciso esclarecer hoje é quais são os valores de redução dos impostos para as grandes empresas, da redução do IRC para os grandes grupos económicos”.
Para o secretário-geral do PCP, o objetivo do Governo é chegar a 2028 “com as grandes empresas a deixarem de pagar 2,5 mil milhões de euros em IRC, em impostos [e] em benefícios fiscais”.
No seu discurso, o líder do PCP, voltou a condenar o ataque do Irão a Israel no sábado à noite, reafirmando que “o caminho dos povos e dos trabalhadores é o caminho da Paz e não o da Guerra”.
“Estamos justamente preocupados com a mais recente escalada iniciada com o bombardeamento de Israel ao Consolado do Irão, em Damasco, e o ataque de resposta do Irão a esse facto. Aonde nos levará esta escalada, é fundamental, é urgente escalar a situação no mundo inteiro e em particular no Médio Oriente”, defendeu.
Horas antes, em declarações aos jornalistas, após a deposição de cravos no memorial ao 25 de Abril, na vila de Grândola, Paulo Raimundo defendeu que o Estado português “está obrigado a ser um construtor da paz” em respeito da Constituição da República.
Durante o almoço-comício, o líder do PCP reforçou a necessidade de se ”por fim à escalada da guerra” e “à guerra no Médio Oriente”.
E reiterou que o Estado português “em respeito pela Constituição da República e em respeito pela revolução de Abril está obrigado a ser um agente da paz, um agente do diálogo, um promotor do diálogo” para “promover a resolução dos conflitos”.
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