O tema foi abordado pelos parlamentares do PCP junto do Ministério da Saúde, com a bancada comunista a solicitar à tutela que averigue em quanto se situa atualmente o tempo de espera para realização desses procedimentos médicos.

O alerta deve-se, segundo explica o PCP, a "relatos" recentes de cidadãos que "reportam o adiamento de cirurgias programadas nessa unidade hospitalar alegadamente por falta de material".

Os parlamentares comunistas não especificam que tipo de material estará em causa e também não questionam o Governo sobre isso, mas, reconhecendo "a qualidade dos serviços prestados em várias especialidades" nos 21 anos de atividade do hospital, solicitam que o ministério esclareça "qual a situação existente quanto ao tempo de realização de cirurgias programadas" nessa unidade.

Questionada pela Lusa, a administração do Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga - que gere a unidade da Feira e também as de São João da Madeira e Oliveira de Azeméis, num universo de cerca de 340.000 utentes - garante: "Não houve uma única cirurgia adiada por falta de material

Fonte oficial da administração admite que "algumas" intervenções foram adiadas", mas atribui o facto "às contingências de gestão de camas para dar resposta a necessidades inerentes à época de inverno".

O balanço geral do Centro Hospitalar é, aliás, positivo: "Atingimos em 2019 o maior número de cirurgias realizadas na história da instituição, tendo superado, pela primeira vez, os 17.000 doentes operados".

A administração também rejeita que a falta de material pudesse ser um problema a esse nível. "O Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga tem uma excelente relação com os seus fornecedores e nunca tem sido esse o motivo para adiamentos. Aliás, mesmo considerando os constrangimentos referidos, a instituição regista até ao final da passada semana um crescimento de cerca de 10% da atividade cirúrgica face ao mesmo período de 2019", realça.

Sobre os tempos médios de espera, a mesma fonte declara que são cumpridos com "85% dos doentes".

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