Em comunicado, o PCP afirmou que as medidas divulgadas pelo Governo, “em dois momentos diferentes durante o mês de junho, vão ao encontro do que tem sido defendido pelo PCP, mas pecam por tardias e ainda insuficientes”.

Segundo os comunistas, os indicadores “há muito anunciavam uma evolução positiva na taxa de incidência por 100 mil habitantes a 14 dias cumulativos, inferior a 70 casos”, e também “uma redução muito significativa do número de óbitos e de internamentos em enfermaria, bem como em unidades de cuidados intensivos”

Para o PCP, esta “evolução positiva” é “resultado do avanço da taxa de vacinação, do aumento significativo da testagem e do rastreio de novos casos”.

“Pelo que ao Governo se exigem as medidas necessárias, nomeadamente a aquisição de mais vacinas já referenciadas pela OMS” para “garantir a vacinação rápida de todos, bem como a testagem dos grupos populacionais” em que “a transmissão da doença se está a verificar a um nível mais elevado”, lê-se no comunicado do gabinete de imprensa.

O teletrabalho vai deixar de ser obrigatório a partir de 14 de junho com a entrada em vigor da nova fase de desconfinamento anunciada hoje pelo primeiro-ministro, António Costa.

O Governo decidiu manter a atual matriz de risco, mas vai passar a diferenciar os territórios de baixa densidade populacional, em relação aos restantes, que só recuam no desconfinamento se excederem o dobro do limiar de risco atualmente fixado.

Os espaços culturais vão poder passar a funcionar até às 00:00 e com 50% da lotação, a partir de 14 de junho.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.681.985 mortos no mundo, resultantes de mais de 171 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.026 pessoas dos 850.262 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.