"A nossa proposta relativamente ao passe único é que não haja agravamento de preços e que se garanta que o Z2 e Z3 ficarão no tarifário mínimo", afirmou à Lusa Jaime Toga, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, no final da reunião com o Conselho Metropolitano.
Segundo Jaime Toga, isto permitiria "que todos aqueles que pagam 30,60 euros ou 37 euros ficariam a pagar 30 euros no máximo, e que todos os outros [passes] que tem valores superior ficassem nos 40 euros", afirmou, reiterando uma proposta que já tinha sido anunciada em outubro.
Jaime Toga mostrou-se "otimista" quanto à salvaguarda que nenhum utente terá o seu custo do passe agravado no âmbito da proposta do passe único.
Em outubro, aquando da apresentação da proposta, o dirigente comunista explicou que na base desta reivindicação do PCP estava o facto de, segundo o "que estava a ser tornado público", estarem previstos "passes a 30 euros dentro dos concelhos e a 40 euros nos interconcelhios, o que significa que quase todos os Z3 passariam de 35,75 para 40 euros".
Outra das preocupações centrais que o PCP expressou na reunião de hoje com o presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, prende-se com a gestão da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) que o partido defende que deve ser "considerada como operador interno".
"Tendo em conta a necessidade de até ao final do próximo ano ser lançado o concurso público, propusemos que a STCP fosse considerada como operador interno", por forma a valorizar "preocupações legítimas, como a qualidade de serviço e até necessidades de investimento de renovação de frota".
O dirigente comunista admitiu, contudo, que esta pretensão do PCP não é convergente com o caminho que irá ser seguido pela Área Metropolitana do Porto, já que com o lançamento destes concursos públicos "os operadores privados vão continuar a ter um papel central em vários outros concelhos".
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