Os anúncios foram feitos pela deputada do PCP Alma Rivera em declarações aos jornalistas na Covilhã, no âmbito das jornadas parlamentares do partido na Serra da Estrela, que terminam hoje e têm como foco o ambiente e o combate aos incêndios.
Alma Rivera destacou que, atualmente, coloca-se o problema da “escassez de meios aéreos” para o combate aos incêndios, em particular num ano em que Portugal tem menos aeronaves do que possuía anteriormente.
“Isto tem várias razões, uma delas é o sucessivo atraso ou a incapacidade de concorrer e ter esses meios a tempo através de concurso. Uma outra é que houve uma decisão errada, que foi a extinção da Empresa de Meios Aéreos, em 2014, pelo Governo PSD/CDS, que fazia a gestão desses meios”, afirmou.
Alma Rivera destacou que, hoje em dia, essa gestão é assegurada pela Força Aérea, o que considerou ser “um empurrar de responsabilidades”, uma vez que a antiga Empresa de Meios Aéreos geria as aeronaves de “natureza civil”, ao contrário da Força Aérea, que tem “uma identidade militarizada”.
“É um caminho que tem de ser travado, sob pena de estarmos, ano após ano, a ficarmos sem meios suficientes e sem capacidade sequer de prever aquele que vai ser o dispositivo de cada ano”, vincou.
Nesse âmbito, Alma Rivera destacou que, no projeto de resolução, o PCP propõe que se reabilite a Empresa de Meios Aéreos e se adquiram “meios próprios”.
“Isso é algo que é incontornável, até porque não há nada que nos diga que seja mais vantajoso fazermos estas pesquisas, estes contratos, a procurarmos no mercado aquilo que existe, e depois chegarmos à conclusão que nem sequer conseguimos ficar com os meios suficientes de que necessitamos”, disse.
A deputada reconheceu que “não é de um dia para o outro que se arranjam os aviões que são necessários. O nosso país está muito vulnerável aos incêndios florestais. As medidas de proteção, do ponto de vista do ordenamento do território e da prevenção estão sempre em falha, ano após ano, e este plano, que é o plano do combate, também tem de ter um reforço”, sustentou.
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