Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM, a Media Capital refere que são imputáveis à Boom Studios “um total de 1.690.264 ações, representativas de 2% do capital e dos direitos de voto” da dona da TVI.
“A participação qualificada é imputada à Boom Studios Lda em virtude de esta poder adquirir a referida participação por acordo celebrado, no dia 04 de setembro” com a Prisa, que controlava a Media Capital através da Vertix.
Os beneficiários efetivos da Boom Studios são Pedro Machado Abrunhosa e Pedro Abrunhosa Produções Musicais.
A Media Capital refere, num outro comunicado, que a António Carvalho são imputáveis 1.690.264 ações correspondentes a 2% do seu capital e direitos de voto.
“A participação qualificada é imputada a António Carvalho em virtude de poder adquirir a referida participação por acordo” celebrado em 02 de setembro, adianta a dona da TVI.
Com 4% no global, Pedro Abrunhosa e António Carvalho completam a lista de vários investidores a quem a Prisa anunciou, em 04 de setembro, ter vendido a totalidade da posição na dona da TVI – 64,47% – por 36,85 milhões de euros.
Na terça-feira tinha sido comunicado que a ‘holding’ de construção e imobiliária IBG terá 11,9% da Media Capital e outros 5% serão subscritos por uma sociedade comercial que se encontra em processo de constituição, Pedro Mendes Ferreira, advogado.
Na semana passada, tinham sido divulgados os nomes dos acionistas que representavam 44% da Media Capital, a que se soma os 16,9% de terça-feira e os 4% de hoje, totalizando mais de 64%.
O grupo Triun, de Paulo Gaspar, filho do presidente da Lusiaves, contará com 20% da Media Capital, a sociedade Zenithodyssey, detida a 50% pela CIN, 18% pela Polopique e com o resto do capital divido por várias outras empresas, ficará com 16% da dona da TVI, e a Fitas e Essências, controlada por Stéphane Rodolphe Piccioto, da têxtil Confetil, adquiriu 3% da Media Capital.
Por sua vez, a entidade DoCasal Investimentos, da apresentadora e diretora de ficção e entretenimento da TVI, Cristina Ferreira, detém 2,5%.
Manuel Lemos de Ferreira Lemos, gestor ligado à área hospitalar, em Mirandela, adquiriu 2% do capital do grupo.
A compra das participações por parte destes investidores “está condicionada à obtenção de renúncia de alguns credores financeiros da Prisa, bem como a autorização dos reguladores portugueses que sejam necessárias”, referiu o grupo espanhol, aquando do anúncio da sua saída da Media Capital, no início deste mês.
Estes investidores juntam-se ao empresário Mário Ferreira, dono da Douro Azul, que em 14 de maio comprou, através da Pluris Investments, 30,22% da Media Capital por 10,5 milhões de euros. No conjunto, detém cerca de 95% da Media Capital.
O NCG Banco tem 5,05%, sendo que o capital disperso em bolsa (‘free-float’) é de 0,26%.
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