“Para nós, esta reunião [do Conselho Europeu] tem um interesse particular porque há fortes possibilidades – para sermos cautelosos – de termos um português, e já agora um socialista, como presidente do Conselho Europeu”, sustentou Pedro Nuno Santos, à entrada para uma reunião do Partido Socialista Europeu (PES), em Bruxelas, que antecede a cimeira.

O secretário-geral socialista acrescentou que a decisão na reunião do Conselho Europeu “será muito importante” para os 27 Estados-membros da União Europeia (EU).

“Para a UE será, talvez, o primeiro presidente do Conselho Europeu com peso político, com experiência e inteligência, para dar a importância que este cargo merece ter”, completou, reconhecendo que há a “coincidência boa” de António Guterres, antigo secretário-geral socialista e primeiro-ministro como António Costa, ser também secretário-geral das Nações Unidas.

Pedro Nuno Santos acrescentou que António Costa era “aquilo que estávamos a precisar há muito tempo no Conselho Europeu” e enalteceu a capacidade do seu antecessor no PS de “construir pontes como muito poucos políticos europeus” conseguem.

Os negociadores das três principais famílias políticas europeias chegaram a acordo na terça-feira sobre a proposta de nomes para os principais cargos europeus, os apelidados “Top Jobs” no jargão europeu: Ursula von der Leyen para presidente da Comissão Europeia, António Costa para presidir ao Conselho Europeu e a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para Alta-Representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.