Estas posições foram assumidas no debate com os candidatos de todos os partidos com representação parlamentar, emitido pela RTP, que decorre no campus da universidade Nova SBE, em Carcavelos, e que durante alguns minutos foi interrompido por protestos de ativistas climáticos.

Instado a esclarecer a sua posição face a cenários pós-eleitorais, Pedro Nuno Santos afirmou que o PS governará se ganhar as legislativas antecipadas de março “com maioria absoluta”, se ganhar “com maior relativa mas conseguir encontrar uma maioria absoluta parlamentar, nomeadamente à esquerda”, se ficar em segundo mas conseguir também uma maioria parlamentar à esquerda ou ainda se “se ganhar as eleições num quadro de maioria de direta”, caso o PSD não o inviabilize.

“O PS não governará se ficar em segundo no quadro de uma maioria de direita, mas mesmo nesse cenário não criará nenhum impasse constitucional e, portanto, não apresentará nem viabilizará nenhuma moção de rejeição”, frisou.

Já o presidente do PSD, Luís Montenegro, voltou a não dizer se, em caso de derrota, aceitará viabilizar um governo minoritário do PS, tendo sido acusado por Pedro Nuno Santos de se “esconder atrás de um biombo com medo de dizer o que vai fazer”.

Montenegro recusou “perder tempo com cenários políticos” e repetiu que só será primeiro-ministro “se vencer as eleições”, dizendo que já foi claro quanto à sua política de alianças — na qual se recusa a integrar uma solução com o Chega.

“Estou focado em dar resposta aos problemas das pessoas”, insistiu.