“Entendo que a oposição tem de encontrar elementos para desgastar o Governo, mas é um erro e um engano procurar elementos de desgaste à custa de atingir o bem-estar dos cidadãos e bloquear uma procura de bem-estar que permite precisamente aumentar o investimento em educação, saúde, serviços sociais ou políticas ativas de emprego”, afirmou Pedro Sánchez, no final da segunda cimeira para as interligações energéticas, que decorreu hoje à tarde em Lisboa.
O Congresso espanhol chumbou hoje o teto do orçamento para 2019 e os objetivos do défice propostos pelo Governo minoritário socialista, com os votos contra do Partido Popular, Cidadãos, Coligação Canária, Foro Asturias e União do Povo Navarro, e as abstenções do Unidos Podemos, Esquerda Republicana da Catalunha, Partido Democrata Europeu Catalão (PDeCAT), Compromís e Nueva Canarias.
“Não encontro nenhum argumento que possa convencer os cidadãos sobre a recusa do caminho que oferecemos”, disse, antes de garantir que “a determinação do Governo de Espanha é firme” e que o seu executivo vai insistir na “recuperação do bem-estar e do crescimento económico”.
Sánchez recordou que o conselho de ministros aprovou hoje várias medidas para a “recuperação do bem-estar que foi fortemente prejudicado nos últimos dez anos de crise económica”, nomeadamente a recuperação do princípio da universalidade da saúde pública, o criação de 30 mil novos empregos na função pública, bolsas para famílias com menos recursos e combate à precariedade laboral.
“Com esta via ou com a anterior, vamos fazê-lo. Este Governo quer transformar a realidade em Espanha e quer consolidar as muitas coisas boas que a Espanha tem em termos de crescimento e emprego”, declarou o chefe do executivo de Madrid.
No final de maio, o Podemos e os nacionalistas catalães tinham-se unido aos socialistas espanhóis para aprovar uma moção contra o antigo Presidente do Governo, Mariano Rajoy (PP), envolvido num escândalo de corrupção.
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