"Esta é uma resposta dinâmica e flexível, disponível para ir às populações mais remotas, às pessoas mais isoladas, de modo a que ninguém fique para trás", disse o governante aos jornalistas, no final de uma reunião de mais de duas horas com 14 estruturas do Ministério da Saúde.
Algumas equipas já estão no terreno, como é o caso da saúde mental, com psiquiatras, psicólogos e técnicos de saúde mental, e, segundo Fernando Araújo, o número de profissionais será "o necessário" nas várias áreas e especialidades, diminuindo ou aumentando ao longo do tempo conforme vão sendo identificadas as necessidades.
O incêndio que deflagrou em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, alastrou a Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Sertã, Penela e Pampilhosa da Serra, e provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.
Segundo o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, as várias etapas previstas no plano de ação estão "programadas, articuladas e coordenadas", e vão estender-se durante pelo menos dois anos junto das populações dos concelhos afetados, sendo que nalgumas áreas, como a saúde mental, podem estender-se no tempo.
"O programa pode durar mais de dois anos. Temos o exemplo da tragédia de Entre-os-Rios, em que na saúde mental foram precisos mais anos de apoio e, portanto, temos de ter a capacidade de ao longo do tempo ir reconhecendo as necessidades e lhes responder", referiu.
O governante salientou que as situações de "quem perdeu os bens e os entes mais queridos demoram vários anos a recuperar e a equilibrar, nas quais o Governo tem a responsabilidade de apoiar".
De acordo com Fernando Araújo, a reunião de hoje, que decorreu no município de Pedrógão Grande, serviu para coordenar as várias estruturas ligadas à saúde que já estão no terreno, de "modo a que o plano seja efetivo, não haja pessoas que fiquem para trás e todos os meios necessários estejam no terreno".
O secretário de Estado adiantou ainda que, no caso da saúde pública, vão ser monitorizadas "cuidadosamente" as questões relacionadas com as águas e os solos, de modo a identificar e, se preciso, ter uma intervenção adequada para que a contaminação eventual das águas ou dos solos não coloque em causa a saúde das pessoas.
“As dezenas de profissionais de diversas áreas da saúde que já estão no terreno vão utilizar as estruturas locais e unidades móveis, de forma a chegarmos às populações mais recônditas e mais isoladas, fazendo uso de toda a capacidade que temos para conseguir chegar a quem precisa".
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