Para além das obras concluídas, há cerca de 90 intervenções "já em fase de obra" ou para "arranque iminente", anunciou o primeiro-ministro.

António Costa realçou que estes números significam que "mais de 66% das casas" de primeira habitação estão concluídas ou em fase de intervenção, na zona afetada pelos incêndios de Pedrógão Grande e Góis, em junho.

O líder do executivo falava aos jornalistas após uma visita a quatro casas intervencionadas na região afetada pelo incêndio de Pedrógão Grande.

"Isto é um sinal de que foi possível, graças à solidariedade dos portugueses, à forma como as diferentes instituições se organizaram para responder positivamente a este desafio", sublinhou António Costa.

O primeiro-ministro disse que "seguramente não vão estar todas [as casas concluídas] no Natal", mas acredita que, nessa época, estejam todas "em obra".

"Quando viemos aqui há poucos meses, poucos acreditávamos que hoje já estaríamos aqui a ver estas casas já prontas", vincou, referindo que as casas concluídas e as que estão em obra são também um sinal de que está a ser possível "regenerar este território".

Segundo dados divulgados à agência Lusa pela presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, há 55 obras em execução, 15 consignadas e 16 em adjudicação.

Há ainda 28 em consulta de preço, 41 em projeto e 10 obras em avaliação.

Ao todo, os custos de recuperação das 238 habitações permanentes afetadas em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Sertã e Penela é de cerca de nove milhões de euros, refere o documento da CCDRC.

O fundo Revita financia 89 intervenções, a União das Misericórdias e a Fundação Calouste Gulbenkian 41 obras, a Cáritas de Coimbra 35, a SIC Esperança 17 e a Misericórdia de Lisboa cinco.

Segundo os dados da CCDRC, há ainda 39 obras a cargo do proprietário financiadas pela companhia de seguros, nove suportadas por doadores particulares ou empresas e três a cargo do proprietário.