"Sete corpos de manifestantes foram admitidos na morgue na segunda-feira, assim como o cadáver de um paramilitar das Forças de Apoio Rápido", influente organização acusada de envolvimento na repressão da revolta popular que derrubou o ditador Omar Al Bashir em 2019, afirmou esta quinta-feira o médico Faquiri.
"Outros corpos foram levados à morgue nos dias seguintes e apresentavam sinais de ferimentos violentos com objetos contundentes", acrescentou, mas sem revelar um número.
Médicos pró-democracia anunciaram na segunda-feira que quatro manifestantes foram mortos por tiros das forças de segurança. Várias manifestações foram reprimidas com bombas de gás lacrimogéneo e balas de borracha.
Desde que o general Abdel Fattah Al Burhane anunciou na segunda-feira a dissolução de todas as instituições, o país do leste de África, um dos mais pobres do mundo, entrou num cenário desconhecido.
Os manifestantes desejam uma transferência completa do poder aos civis e declaram-se dispostos a permanecer nas ruas até que o seu pedido seja atendido.
O general Burhane assegura que em breve nomeará novas autoridades e os militares mantêm a maioria dos dirigentes civis "sob vigilância" ou detidos.
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