Além da vítima mortal, duas pessoas ficaram feridas à passagem do super-tufão Rai, que arrancou árvores, telhados e linhas elétricas, causando inundações em várias aldeias, de acordo com a agência de catástrofes naturais das Filipinas.

Mais de 300 mil pessoas foram retiradas, deixando para trás casas e estâncias balneares no sul e no centro do arquipélago, indicaram.

O Rai foi classificado como super-tufão – o equivalente a um furacão de categoria 5 nos Estados Unidos – quando tocou terra, na quinta-feira, na ilha turística de Siargao, com ventos sustentados de 195 quilómetros por hora (km/h). A velocidade do vento baixou para os 155 km/h, indicou a agência meteorológica filipinas.

Na ilha de Mindanao, duramente atingida, as principais estradas que levam à localidade de Surigao, no sul, ficaram bloqueadas devido a aluimentos de terra, árvores caídas e postes elétricos derrubados, com as autoridades a alertarem para “inundações potencialmente mortais” nas zonas costeiras.

Dezenas de voos foram anulados em todo o país na quinta-feira e dezenas de portos foram temporariamente fechados, acrescentaram.

Este tufão é particularmente tardio para a época, sendo que a maioria das tempestades tropicais no oceano Pacífica se formam entre julho e outubro.

O Rai está agora a dirigir-se para a ilha de Palawan, devendo continuar no sábado a avançar para o mar do Sul da China, em direção ao Vietname.

Há já algum tempo que os cientistas alertam que os tufões se estão a tornar cada mais poderosos, à medida que o aquecimento global causado pelo homem aumenta.

As Filipinas, consideradas um dos países mais vulneráveis às alterações climáticas, são atingidas todos os anos por cerca de 20 tufões, que causam vítimas e danos.

Em 2013, o super-tufão Hayan, o mais mortífero alguma vez registado, causou mais de 7.300 mortos ou desaparecidos.