“Em 2018, até 10.000 refugiados podem vir a chegar com segurança à Europa através de corredores humanitários”, disse o ministro do Interior italiano, Marco Minniti, numa entrevista publicada domingo no jornal La Repubblica.
Na sexta-feira, um grupo de 162 refugiados “vulneráveis” chegou por avião militar a Roma, o primeiro para o país italiano.
O grupo foi selecionado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que os considerou imediatamente como “refugiados” e não como requerentes de asilo. Como tal, eles beneficiam à sua chegada de ajuda económica e têm direito a cursos de integração (cursos de línguas, formação e escolas para as crianças).
“De acordo com os objetivos da Organização Internacional para as Migrações, 30 mil migrantes sem direito a asilo podem ser repatriados para os seus países de forma voluntária” em 2018, disse o ministro italiano, observando que, em 2017, 18 mil o tinham feito.
O ministro disse acreditar que um acordo entre Roma e Trípoli permitia ao ACNUR selecionar aqueles que são elegíveis para assistência internacional.
“As organizações internacionais também já podem visitar os centros de acolhimento e melhorar as condições de vida, ainda hoje inaceitáveis”, acrescentou o ministro.
Antes de chegar a essas “rotas legais”, a Itália teve que tomar medidas “credíveis” de firmeza em colaboração com a guarda costeira da Líbia para controlar melhor os fluxos “ilegais” de migrantes que chegam pelo mar, apontou Minniti.
De 01 de janeiro a 22 de dezembro de 2017, o numero de migrantes que chegaram à costa italiana (118.914 pessoas no total) caiu para 33,8% em relação ao mesmo período de 2016 (179.769 pessoas).
Este ano, a Itália conseguiu transferir 11.000 migrantes para outros países da União Europeia, contra somente 2.500 no ano anterior.
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