Pedro Coelho Dias explicou que a operação de desembarque decorria a sul de Cascais e que, por causa das condições adversas no mar, com ondas de quatro metros, não foi possível aos elementos da embarcação que acompanhavam o piloto alcançá-lo no imediato.
O acidente ocorreu cerca das 01:30 e foram acionados meios da Polícia Marítima e uma embarcação da estação salva-vidas de Cascais, que acabaram por conseguir depois recuperar o corpo.
Porto de Lisboa anuncia investigação
O Ministério do Mar e a Administração do Porto de Lisboa lamentaram hoje a morte de um piloto da barra, ocorrida em serviço esta madrugada e anunciaram que está a decorrer uma investigação técnica ao acidente.
Na mesma nota, as duas entidades participam, "com profundo pesar", o "trágico falecimento do piloto da barra Miguel Conceição, ocorrido esta madrugada em serviço", e apresentam as condolências à família.
"Decorre neste momento a investigação técnica para apurar as causas do acidente que levou a esta tragédia", afirmaram, destacando que as tentativas de resgate foram dificultadas pelas condições meteorológicas e pelo estado do mar.
O porta-voz da Marinha, Pedro Coelho Dias, explicou à Lusa que a operação de desembarque decorria a sul de Cascais e que, por causa das condições adversas no mar, com ondas de quatro metros, não foi possível aos elementos da embarcação que acompanhavam o piloto alcançá-lo no imediato, tendo sido possível depois recuperar o corpo.
Seis barras do Continente estão hoje fechadas a toda a navegação e outras cinco estão condicionadas devido à agitação marítima forte, de acordo com a Marinha Portuguesa.
Por causa da agitação marítima, o Instituto Português do mar e da Atmosfera (IPMA) colocou os distritos de Lisboa, Setúbal, Beja e Faro sob aviso laranja, prevendo-se ondas de sudoeste com 05 a 06 metros de altura, podendo atingir 12 metros de altura.
Este aviso laranja vai estar em vigor entre as 09:00 e as 21:00 de quinta-feira.
A Autoridade Marítima Nacional (AMN) recomenda a quem se encontra no mar a regressar ao porto de abrigo mais próximo e a adotar medidas de precaução, tais como "reforço da amarração e vigilância apertada das embarcações atracadas e fundeadas".
A AMN dirigiu um especial aviso aos pescadores lúdicos de pesca à cana, aconselhando que devem evitar "pescar junto às falésias e zonas de arriba nas frentes costeiras atingidas pela rebentação das ondas, tendo sempre presente que o mar nestas situações extremas alcança muitas vezes zonas aparentemente seguras".
À população em geral, a AMN aconselha que evitem passeios junto à costa e nas praias.
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