A informação foi avançada esta segunda-feira, 5 de dezembro, pelo governo da Bolívia. "O capitão Quiroga, que era o piloto do avião acidentado, tinha um julgamento pendente com a Força Aérea Boliviana, tendo, inclusive, um mandado de prisão contra si", confirmou o ministro boliviano da Defesa, Reymi Ferreira.
Ferreira explicou ainda que o piloto - tal como outros quatro desertores - estavam a ser processados mas conseguiram evitar a detenção apresentando recursos legais.
Em causa está o compromisso dos pilotos da Força Aérea, uma vez formados, em cumprir os anos de serviço militar. Miguel Quiroga não tinha justificação para se retirar, pelo que foi considerado um desertor e estava a ser processado pela Força Aérea Boliviana.
Na segunda-feira, 28 de novembro (madrugada de terça-feira em Lisboa), o avião da companhia aérea Lamia, que partiu do aeroporto Viru Viru, de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, caiu em Cerro Gordo, a 17 quilómetros do aeroporto de Medellín, na Colômbia, com 77 pessoas a bordo, entre os quais a comitiva da Chapecoense, que iria disputar a primeira mão da final da Taça Sul-Americana nesta cidade colombiana.
Entre as 71 vítimas mortais do acidente, estavam 19 dos 22 jogadores do clube brasileiro, assim como dirigentes, equipa técnica, convidados e jornalistas, além da tripulação. Sobreviveram ao acidente seis pessoas, três jogadores, dois tripulantes e um jornalista.
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