O governante que tutela a pasta da Saúde, Manuel Pizarro, disse ter ouvido, no domingo, o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Nuno Teixeira, “explicar que estas sete vagas podem ainda ser muito reforçadas”.
“Porque há, todos os anos, um contingente de cerca de 15% das vagas que ficam reservadas para pessoas que já cumpriram outra licenciatura poderem aceder ao mestrado integrado em Medicina”, acrescentou o ministro, em declarações aos jornalistas, em Mourão (Évora).
E, disse Manuel Pizarro, “o que o Governo vai fazer, neste caso através do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, é garantir que todas essas vagas são ocupadas”.
Se uma parte não for ocupada, “elas serão transferidas para o contingente geral, o que significará um reforço que o secretário de Estado estimou entre 150 e 200 vagas [e] esse já é um número com um significado”, frisou.
No âmbito da iniciativa Saúde Aberta, do Ministério da Saúde, Manuel Pizarro e os secretários de Estado da Saúde e da Promoção da Saúde, Ricardo Mestre e Margarida Tavares, respetivamente, estão hoje a percorrer todos os 14 concelhos do Alentejo Central.
O objetivo é conhecer as unidades e investimentos em curso e dialogar com a população, profissionais de saúde, órgãos dirigentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e autarcas.
De acordo com o número de vagas do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior, divulgado no domingo pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, tutelado por Elvira Fortunato, “a generalidade dos cursos de Medicina mantém o mesmo número de lugares, que totalizam 1.541 vagas”, pode ler-se na edição ‘online’ do semanário Expresso.
As sete novas vagas são nas universidades de Coimbra (cinco) e do Minho (duas), noticia o jornal.
Manuel Pizarro revelou hoje que o grupo de trabalho conjunto a criar entre o Ensino Superior e a Saúde, anunciado pela ministra Elvira Fortunato na RTP3, no domingo, “visa ultrapassar as dificuldades” existentes na área da formação.
“É um grupo de trabalho que visa estudar a realidade atual, verificar se há necessidade de ampliar o número de vagas, se é possível ampliar o número de vagas nas atuais faculdades de Medicina públicas, que são oito, ou se é necessário alargar a formação a outras estruturas públicas de ensino superior”, afirmou, esperando o relatório ainda este ano.
Sem preconceitos em relação ao ensino privado na área da Medicina, Pizarro defendeu, contudo, que, “para formar os médicos de que os país precisa”, são mesmo necessários “a universidade pública e o SNS”.
Em Mourão, o governante elogiou medidas tomadas pela câmara (PSD), como apoios à fixação de médicos, nutricionistas do município a trabalhar na área da saúde ou um gabinete de saúde oral que vai ser criado no centro de saúde, enquanto o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vai financiar em 140 mil euros a construção de uma nova extensão de Saúde na freguesia de Granja, atualmente sem médico de família.
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