Em comunicado, a Polícia Judiciária refere que a apreensão dos três milhões de euros e a detenção dos sete passageiros foram feitas recentemente, sem especificar a data, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ.
Segundo a PJ, os passageiros, três mulheres e quatro homens, preparavam-se para abandonar o continente Europeu por via aérea, quando foram detetados e detidos, bem como apreendidas as quantias que transportavam.
A PJ explica que este modo de atuação consiste na utilização das vulgarmente designadas ‘money mules’ (correios de dinheiro) para fazer o transporte dos valores de um continente para outro, sendo característico de uma das fases do branqueamento de capitais, conhecida como circulação.
Aquela polícia refere que, nesta fase do branqueamento, os proventos obtidos são alvo de múltiplas e variadas operações, visando distanciar a sua origem criminosa e impossibilitar a deteção, rastreio, sua proveniência e propriedade.
A PJ salienta que a principal e fundada suspeita quanto à proveniência da quantia agora apreendida é que provém e tem subjacente o crime de fraude fiscal.
Luís Ribeiro, coordenador da UNCC, disse à agência Lusa que os setes detidos viajavam sozinhos e eram todos da mesma nacionalidade, sem especificar qual, nem o país para onde se dirigiam.
Segundo o mesmo responsável, o dinheiro foi encontrado tanto em bagagem de mão, como de porão.
A apreensão dos três milhões de euros e as sete detenções resultaram de sucessivas operações e ações de prevenção criminal desenvolvidas pela Polícia Judiciária, desde finais do ano transato até ao presente, afirmou.
Luís Ribeiro especificou que maior parte das apreensões ocorreu nos últimos 30 dias.
O coordenador da UNCC disse também que alguns dos detidos deslocaram-se Portugal “unicamente” para buscar o dinheiro, permanecendo no país apenas alguns dias, enquanto outros têm residência em Portugal.
Luis Ribeiro disse ainda que os detidos já foram ouvidos por um juiz, tendo alguns deles ficado com a medida de coação de apresentações periódicas às autoridades e outros com Termo de Identidade e Residência (TIR).
Os que ficaram com TIR já conseguiram entretanto sair do país, tendo sido emitido um mandado de detenção europeu.
(Notícia atualizada às 17:49)
Comentários