Em comunicado, a PJ, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, adiantou que “os suspeitos se apresentavam como investidores ou diplomatas e abordavam particulares ou empresários, aos quais proponham negócios ou financiamentos”.

De acordo com a Polícia Judiciária, os homens alegavam que “possuíam milhares de dólares ou de euros em malas diplomáticas, as quais teriam de ser levantadas no Aeroporto Humberto Delgado, mediante o pagamento de taxas aos diplomatas que as tinham transportado”.

Para melhor convencerem as vítimas da “rentabilidade do negócio”, os detidos levavam as vítimas ao aeroporto de Lisboa, onde “encenavam encontros com os supostos diplomatas, que mostravam o interior das malas, composto por volumosos maços de notas de euros ou de dólares, e exigiam o pagamento das taxas de levantamento”.

“As vítimas ficavam iludidas com o conteúdo das malas e, convencidas de que se tratava efetivamente de dinheiro lícito e verdadeiro” acabavam por pagar as taxas de levantamento, “crendo que seriam reembolsadas”, lê-se no comunicado da PJ.

No total as vítimas entregaram ao grupo cerca de 300 mil euros, que foram devolvidos após as detenções.

A PJ refere que os quatro homens faziam parte de um grupo que se dedicava “a uma prática criminosa, vulgarmente designada por ‘mala dos milhões’, que desenvolviam, pelo menos, desde 2017”.

O grupo já foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo dois membros ficado em prisão preventiva e os restantes obrigados a apresentações bissemanais às autoridades, ficando proibido de fazer contactos.

Além da detenção do grupo, PJ adianta ainda, no comunicado, que “realizou também cinco buscas, das quais resultou a apreensão de dinheiro falso, euros e dólares, e também a apreensão de documentos falsos, cheques de viagem, papel negro para simular notas e líquido utilizado para supostamente transformar o papel negro em notas, entre outros objetos”.

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