"As ossadas foram removidas para o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), onde vão ser sujeitas a exames e ver se se trata, ou não, desse cidadão [britânico]. É uma hipótese séria e credível, mas que carece ainda de informação científica", explicou à agência Lusa fonte da Diretoria do Centro da PJ.
A PJ de Coimbra encontrou hoje, na zona de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, ossadas humanas que se presume serem de um cidadão britânico desaparecido há um ano na região.
Esta descoberta foi feita no âmbito de uma investigação iniciada há cerca de um ano, por suspeita de crime de homicídio, e que levou a PJ a recorrer a metodologias técnico-científicas de arqueologia forense, bem como ao uso de equipamentos de georadar para localização do cadáver.
Segundo a fonte, este processo iniciou-se em agosto de 2018, quando foi comunicado o desaparecimento de um jovem britânico que se encontrava no país há algum tempo.
"O jovem comunicava com a família e deixou de o fazer. A família contactou a embaixada do Reino Unido e a informação acabou por chegar às autoridades portuguesas. Inicialmente, a situação foi encarada como um desaparecimento até voluntário", explicou.
Contudo, após as primeiras diligências feitas no âmbito desse desaparecimento, em agosto de 2018, e após alguns elementos recolhidos, a PJ começou a admitir a possibilidade de o jovem estar a ser vítima de um crime grave, privado de liberdade, ou ter sido morto.
"A partir daí, cerca de um mês depois, a investigação foi direcionada para a Brigada de Homicídios, visto estar-se perante um crime de homicídio", sublinhou.
Segundo a PJ, houve sempre uma cooperação com as autoridades britânicas e a investigação continuou o seu curso normal até esta segunda-feira.
"Entretanto, foram recolhidos dados que permitiram chegar ao local (Pedrógão Grande). Chegamos à conclusão, com os elementos recolhidos, que poderia estar na zona, tendo resultado no aparecimento de um cadáver que pode ser esse cidadão [britânico]", sustentou.
A mesma fonte adiantou que as investigações vão continuar o seu curso em estreita colaboração com as autoridades britânicas e realçou a colaboração da GNR e da Câmara de Pedrógão Grande, que deram "uma ajuda preciosa" em todo o processo.
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