O estudo, da Movijovem e feito pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, abrangeu jovens dos 12 aos 30 anos de todas as regiões do país, tendo sido contactados mais de 10.000.

Desde os 12 aos 30 anos o acesso à saúde e o acesso ao emprego são dos principais interesses assinalados, sendo o fator “construir família” que ganha preponderância quando se pede uma projeção a cinco anos.

A maioria dos jovens, seis em cada 10, revela interesses relacionados com o desenvolvimento e bem-estar pessoal, com destaque para a prática de desporto e atividade física (mais os rapazes), saúde mental e bem-estar psicológico (mais as raparigas) e arte e cultura.

Seis em cada 10 jovens assinalam também interesses que denotam preocupação ou orientação para o coletivo a para a responsabilidade social, com destaque para a defesa dos direitos humanos e inclusão social.

Dois em cada 10 assinalam preocupações com a não-violência e o bem-estar e direitos dos animais, a preservação e a sustentabilidade ambiental.

Quando projetam os interesses para o futuro destacam-se como mais importantes a constituição de família, o acesso a habitação e a estabilidade no emprego.

Do estudo destaca-se também que as raparigas valorizam de forma equivalente o acesso à saúde e ao emprego, com os rapazes a valorizarem mais o emprego. São também as mulheres quem dá mais valor às áreas de interesse focadas na orientação para o coletivo e para a responsabilidade social.

A orientação para o coletivo e social também surge mais nos jovens até aos 19 anos, segundo os autores do documento por não terem a pressão de pensar já no percurso de vida.

Os resultados indicam ainda que as prioridades de áreas de interesses, atuais e futuras, são similares em todas as regiões do país, ainda que com algumas diferenças.

O interesse pela não-violência, e pela saúde mental e bem-estar psicológico são mais prevalecentes nas regiões do interior e nas ilhas do que no continente litoral.