"Vamos completar o programa vertical de aquisição de ventiladores de 60 milhões de euros com um programa de 26 milhões de euros para reinfraestruturação dos hospitais para a garantia de rentabilização destes equipamentos para garantir que tiramos deles o seu maior proveito", disse a ministra da Saúde.

Marta Temido revelou que esta verba foi aprovada na quarta-feira e alvo de um despacho conjunto dos Ministérios da Saúde e das Finanças e avançou com a possibilidade de vir a ser aprovado um "complemento" para 2021.

"Porque acreditamos em vós e no vosso trabalho, ontem [quarta-feira] o Ministério das Finanças e o Ministério da Saúde assinaram um despacho que permite a concretização deste tipo de investimentos em vários hospitais do país (…). Foi aprovada a materialização da remodelação infraestrutural de um conjunto de serviços de Medicina Intensiva até ao final de 2020 e que depois terá um complemento em 2021", disse Marta Temido.

Perante uma plateia com dezenas de profissionais de saúde do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E), bem como autarcas e técnicos, a ministra da Saúde, que acompanhou o primeiro-ministro na visita às obras deste hospital, fez agradecimentos e deixou elogios, mas também pediu "mais".

"Temos de continuar a trabalhar em conjunto. Com um grande agradecimento a todos, tenho de dizer que precisamos de mais. Precisamos de continuar. As soluções que vamos ter uma nova fase têm de ser diferentes das anteriores".

Junto de um mural de homenagem aos profissionais, trabalho realizado por Miguel Mazeda, que é pontuado com um poema de João Luís Barreto Guimarães, poeta e cirurgião do CHVNG/E, Marta Temido foi também clara ao reafirmar que do seu ponto de vista uma possível segunda vaga da pandemia do novo coronavírus não pode ser acompanhada por um novo confinamento generalizado.

"Têm de ser diferentes das anteriores porque nós não podemos perder mais tempo nas áreas assistenciais não covid e têm de ser diferentes porque provavelmente não podemos, em termos sociais, voltar a usar soluções tão extremas como um confinamento generalizado", disse a governante.

António Costa e Marta Temido visitaram hoje as obras do Centro Hospitalar do CHVNG/E, empreitada que integra o Plano de Reabilitação Integrado, no valor de cerca de 86 milhões de euros divididos em três fases de intervenção.

Neste momento está em conclusão a fase B que representa um investimento de 13 milhões de euros em infraestruturas e dois milhões de euros em equipamentos.

Esta fase inclui, entre outras valências, a construção de um novo internamento, equipamento já concluído, e a ampliação e renovação da urgência, essa em conclusão.

De acordo com informação distribuída à imprensa pelo CHVNG/E, a visita de hoje assinala, ainda, o arranque da nova unidade de cuidados intensivos, orçada em 3,3 milhões de euros e a conclusão de uma nova área do Serviço de Imagiologia, recém-equipado com uma sala telecomandada, que dispõe de equipamentos de diagnóstico e intervenção, no valor de 700 mil euros.

No que diz respeito à pandemia da covid-19, o CHVNG/E chegou a ter, contou esta manhã o presidente do conselho de administração, Rui Guimarães, 60 camas dedicadas a cuidados intensivos prontas em jeito de plano de contingencia, tendo vindo a precisar em simultâneo de 24.

Atualmente permanece um doente com covid-19 nos cuidados intensivos do CHVNG/E, centro que realizou até à data 50 mil testes, tendo capacidade para realizar cerca de 5.000 por dia.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 787 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.786 em Portugal.

Portugal regista hoje duas mortes por covid-19 e 291 casos confirmados de infeção em relação a quarta-feira, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), hoje divulgado.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 54.992 casos de infeção confirmados e 1.788 mortes.

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