“Na nossa discussão há duas questões que eu acredito que precisam de mais ambição, pesquisa e inovação na União Europeia e o primeiro são as alterações climáticas. Este combate é uma prioridade”, afirmou Mark Rutte.

O governante falava na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, em Almada, no distrito de Setúbal, que visitou com o objetivo de conhecer alguns dos projetos que estão a ser elaborados na instituição, com a colaboração da União Europeia e inclusive, da Holanda.

Num discurso para os alunos e docentes do doutoramento “Ciência e inovação tecnológica na União Europeia”, Mark Rutte e o seu homólogo português, António Costa, falaram sobre os maiores desafios e na importância de apostar em investigação e inovação.

Segundo o líder holandês, as alterações climáticas são uma das prioridades para a Europa, mas, para resolver os problemas que daí surgem, é preciso não só “políticas públicas” assentes em energia eficiente, mas também “novas soluções científicas e tecnológicas”.

Neste sentido, referiu que apesar de caber aos líderes europeus a definição da agenda estratégica, também são precisas as novas ideias dos estudantes e investigadores para minimizar os efeitos da mudança climática.

“Temos que continuar atentos, prosperar, crescer, defender a nossa segurança e temos os nossos estudantes e investigadores para colaborar, ultrapassar barreiras e prosperar”, frisou.

Já o segundo maior desafio, de acordo com o governante, é a competitividade económica de países como a China e os Estados Unidos, o que, aliás, também foi falado hoje pelo primeiro-ministro português, António Costa.

“Temos que encarar os factos de que nem todos se seguem pelas mesmas regras, temos que ser menos ingénuos e mais competitivos, vendo as oportunidades da era digital e ao mesmo tempo integrar os valores europeus”, defendeu.

Mais uma vez, Mark Rutte advertiu que o investimento em ciência pode ser a solução: “a Europa não fica atrás da China e dos Estados Unidos se continuar a investir em investigações e não podemos combater as alterações climáticas se não investirmos na Europa hoje”.

Por este motivo, o líder holandês considerou que “muitas das respostas encontram-se com pesquisa, tecnologia e inovação” que vêm dos governos, das universidades, dos negócios privados ou instituições financeiras.

“Vocês são todos mentes brilhantes, por isso, precisamos dos vossos estudos científicos e visão de futuro”, disse aos alunos.

O primeiro-ministro holandês visitou hoje de manhã a Academia do Sporting Clube de Portugal, em Alcochete, no distrito de Setúbal e, pela tarde, vai encontrar-se com o homólogo português na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.