Para Luís Mira Amaral o que "admira é que os dirigentes da Aliança Democrática (AD) não tenham reclamado atempadamente" sobre a confusão entre as siglas dos dois partidos nos boletins de voto. "E se o ADN (Alternativa Democrática nacional) eleger um deputado é pela AD".
António Garcia Pereira acrescenta que a campanha do partido de Bruno Fialho, "do ponto de vista da substância, não se distingue do Chega", pelo que pode este partido estar também a capitalizar no "discurso de desespero" e a ganhar votos por essa via.
As projeções apontam para um crescimento do Chega, que pode chegar aos 50 deputados, o que significa que nem a esquerda nem a direita conseguem ter uma maioria parlamentar. O ónus está então no que irá o PSD fazer: cumprir a promessa de que "não é não", ou flexibilizar e ter de explicar ao seu eleitorado o recuo na palavra dada?
Luís Mira Amaral coloca uma terceira via: Montenegro pode tentar governar com uma maioria relativa, com o apoio da IL, e ficará nas mãos de André Ventura explicar ao seu eleitorado sempre que se aliar, pela negativa, à esquerda impedindo a direita de governar em Portugal.
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