Por 53 votos a favor e 47 votos contra, os democratas aprovaram na segunda-feira a retirada da indicação de Ketanji Brown Jackson do Comité de Justiça da Câmara Alta dos Estados Unidos da América (EUA), onde momentos antes o processo tinha sido travado devido a um empate entre os seus apoiantes (11 democratas) e opositores (11 republicanos).
Face a essa barreira, o líder da maioria progressiva no Senado, Chuck Schumer, apresentou uma moção para avançar com o processo de indicação.
Após a aprovação da moção, o plenário da Câmara Alta só deve votar a confirmação da juíza na quinta ou sexta-feira.
Em princípio, a magistrada deverá ser confirmada na Câmara, uma vez que os 50 parlamentares democratas disseram que votarão a seu favor, aos quais se irão juntar os republicanos Susan Collins, Mitt Romney e Lisa Murkowski.
Durante as audiências na Comité de Justiça, os conservadores criticaram Ketanji pelo seu trabalho em defesa dos prisioneiros de Guantánamo (Cuba) e questionaram-na sobre alegadas “sentenças suaves” em vários casos de pornografia infantil.
Contudo, especialistas jurídicos elogiaram a juíza durante as audiências, com um grupo de advogados a dizer que a magistrada tem uma reputação “excelente”, competência “excecional” e está bem qualificada para se sentar no Supremo dos EUA.
A chegada de Ketanji ao Supremo Tribunal não mudará a composição ideológica da instituição, que com seis juízes conservadores e três progressistas, está mais inclinada à direita do que em qualquer outro momento desde a década de 1930.
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