Discursando no 39.º Congresso do PSD, que decorre até domingo em Santa Maria da Feira (Aveiro), Poiares Maduro afirmou que, ao formar a ‘geringonça’ em 2015, “o PS não derrubou nenhum muro”, apenas “saltou para o outro lado do muro” que divide “quem acredita numa economia social de mercado e quem a quer substituir por uma economia do Estado”.

“É o muro que divide quem defende um Portugal europeu e quem se recusa a agir de forma consequente com a nossa pertença à Europa. De pouco interessa se o PS se radicalizou por mero oportunismo, como faz António Costa, ou por convicção, como deseja Pedro Nuno Santos, a consequência foi e é a mesma: a captura do socialismo moderado pela esquerda radical”, frisou.

Acusando assim o PS de ceder a sua “agenda ideológica ao PCP e ao Bloco”, Poiares Maduro salientou que o primeiro-ministro, António Costa, deve ao país “a mesma clareza que Rui Rio teve”.

“Assumem ou não o compromisso de que, se o PSD ganhar as eleições sem maioria, vai respeitar essa vitória, viabilizando um Governo liderado por nós? Os portugueses têm o direito de conhecer a resposta do PS nesta matéria”, salientou.

O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional entre 2013 e 2015 frisou que, se António Costa “insistir em não responder, os portugueses confirmam mais uma vez que, para Costa, a política não é feita de convicções, mas sim de ambições”.

“Ficará também claro que a única alternativa moderada nestas eleições é o PSD, que a escolha é entre a moderação política e reformista do PSD e a captura imobilista do PS pela esquerda radical, que essa escolha é entre quem quer um futuro diferente com ambição para o país, e quem o quer apenas manter prisioneiro do passado”, sublinhou.

Poiares Maduro defendeu a necessidade de “inverter a letargia, estagnação e definhamento em que o PS mergulhou o país”.

“Os portugueses devem poder ambicionar muito mais do que a mediocridade com que o PS nos quer contentar, merecem mais oportunidades e rendimentos. Não podemos continuar a ser o país de castas e favores, um país em que o sucesso na vida depende da família ou do local onde se nasce, onde diferentes gerações têm diferentes direitos”, frisou.