Num relatório divulgado hoje, a polícia de Bruxelas indicou que foram efetuadas 228 detenções administrativas por “perturbação da ordem pública”, e libertadas todas as pessoas, depois de terem sido identificadas.

No entanto, outros 11 suspeitos — seis belgas, três franceses, um holandês e um afegão — foram detidos por “posse de arma, rebelião contra a polícia e/ou danos”, refere a polícia no documento.

Segundo as autoridades belgas, a iniciativa da organização Europeus Unidos pela Liberdade, criada por um belga, consistiu numa marcha de protesto que, domingo, congregou cerca de 50 mil pessoas em Bruxelas.

A marcha foi a maior mobilização na rua de opositores às restrições registada na Bélgica em dois anos e contou com a presença de manifestantes de países vizinhos, como Alemanha, França ou Países Baixos, acrescentaram as autoridades policiais.

Embora a manifestação tenha decorrido pacificamente ao longo de três horas, a situação degenerou quando os manifestantes chegaram às proximidades de instituições da União Europeia (UE).

Segundo a polícia, “400 a 500” pessoas “procuraram deliberadamente o confronto” com as forças de segurança, lançando vários projéteis e incendiando mobiliário urbano.

Os canhões de água e o gás lacrimogéneo usados para dispersar os manifestantes não impediram que pequenos grupos continuassem os confrontos.

As forças antimotim, “bombardeadas com barreiras de metal e latas de lixo em chamas”, foram obrigadas a recuar para uma entrada do metropolitano para se refugiarem no subsolo.

A violência é “totalmente inaceitável” e algumas imagens são “alucinantes”, denunciou hoje a ministra do Interior belga, Annelies Verlinden, em declarações à rádio pública flamenga.

Para Verlinden, os “arruaceiros” são membros da extrema-direita, mas também da extrema-esquerda.

Entre os 239 interpelados no total, e além dos cidadãos belgas, a polícia contabilizou 14 cidadãos franceses, nove holandeses, três alemães e dois polacos.

Realizada antes da onda da variante Ómicron, que levou as autoridades belgas a reforçar as restrições, a maior manifestação de opositores até agora em Bruxelas reuniu a 21 de novembro de 2021 cerca de 35 mil pessoas, segundo a polícia belga.

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