Segundo comunicado da autoridade policial, estão a ser cumpridos 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Ceará e Minas Gerais.

“Foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Apura-se que os valores dos danos causados ao património público possam chegar ao valor de 40 milhões de reais (cerca de 7,5 milhões de euros)”, acrescentou a Polícia Federal em nota.

Na rede social x (antigo Twitter), o ministro da Justiça brasileiro, Flávio Dino, frisou que a operação é resultado de um trabalho de investigação que continua em defesa da “Pátria Brasil, em semana tão simbólica. Que nunca mais queiram rasgar a nossa Constituição e destruir o Estado Democrático de Direito”, referindo-se à celebração do 07 de setembro, data em que se comemora a independência do Brasil.

Segundo os ‘media’ locais, esta nova fase da investigação, a 16.ª, visa pequenos e grandes financiadores que pagaram o transporte dos ‘bolsonaristas’ para os atos golpistas do dia 08 de janeiro.

Além de fazer buscas nos endereços dos suspeitos a polícia também apreende passaportes, bens e armas.

A nota da polícia federal destaca ainda que factos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Em 08 de janeiro milhares de apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal numa tentativa de depor o Governo do Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, promovendo atos de violência que provocaram danos generalizados contra os imóveis, móveis e objetos nas sedes dos três poderes.

A justiça brasileira também investiga Jair Bolsonaro para esclarecer se teve participação na instigação dos atos golpistas. Também estão a ser investigados funcionários e ex-funcionários públicos e outras autoridades suspeitas de omissão ou de facilitação dos ataques.