Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), a polícia isolou hoje parte de uma rua na área de Causeway Bay, uma zona comercial de Hong Kong, depois de se juntar uma multidão para uma manifestação pró-democracia, que levou ao encerramento das lojas e a uma atmosfera tensa quando os manifestantes entoaram palavras de ordem e lançaram insultos à polícia.
A multidão aumentou para mais de mil pessoas, além de muitas outras que se espalhavam pelas ruas adjacentes, e a polícia emitiu vários avisos, informando que o protesto era ilegal, tendo disparado gás lacrimogéneo para libertar uma via principal depois de manifestantes atirarem garrafas e outros objetos a elementos da polícia. As autoridades fizeram várias detenções.
A manifestação de hoje, uma continuação dos protestos que começaram em junho por causa de um projeto de extradição agora arquivado e desde então se transformaram num movimento anti-China, tem como objetivo a conquista de mais democracia no território chinês semi-autónomo, e faz parte dos comícios globais de "anti-totalitarismo" planeados para mais de 60 cidades em todo o mundo para denunciar a "tirania chinesa".
No sábado, a polícia também disparou canhões de gás lacrimogéneo e água depois que os manifestantes terem atirado tijolos a edifícios do Governo, após uma manifestação no centro de Hong Kong.
Os manifestantes também planeiam marchar na terça-feira, apesar da proibição policial, provocando o receio de embaraço ao Presidente chinês, Xi Jinping, enquanto o seu Partido Comunista, no poder, celebra o 70º aniversário no poder.
O executivo de Hong Kong já reduziu as comemorações do Dia Nacional na cidade, cancelando uma exibição anual de fogos de artifício e movendo uma celebração para uma zona do interior.
A China tem negado liberdade a Hong Kong e acusado os Estados Unidos, e outras potências estrangeiras, de fomentar a agitação para enfraquecer o seu domínio.
Em Pequim, hoje, o ex-líder de Hong Kong, Tung Chee-hwa, foi reconhecido por se dedicar à implementação da política de "um país, dois sistemas".
Tung Chee-hwa, o primeiro líder após o retorno de Hong Kong à China, estava entre as 42 pessoas que receberam medalhas e honras nacionais de Xi Jinping pelas suas contribuições ao país.
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