O corpo de Pavel Antov, de 65 anos, foi encontrado no sábado junto a uma poça de sangue em frente ao local onde se encontrava hospedado, no estado de Odisha. Estava a passar férias com outros três cidadãos russos.

Antov morreu dois dias depois de um dos seus acompanhantes, Vladimir Bidenov, ter sido encontrado inconsciente após, supostamente, sofrer um ataque cardíaco no mesmo hotel.

"Por enquanto, parece que Antov caiu acidentalmente do terraço do hotel", disse à AFP o chefe da polícia regional, Rajesh Pandit.

"Provavelmente perturbado pela morte do seu amigo, dirigiu-se para o terraço do hotel e, possivelmente, caiu de lá", acrescentou.

Antov, que representava o partido Rússia Unida do presidente russo, Vladimir Putin, era membro desde 2018 de um parlamento regional a 150 quilómetros a leste de Moscovo.

Antes de entrar para a política, Antov fundou uma empresa de processamento de alimentos e, em 2019, foi classificado pela edição russa da revista Forbes como o mais rico de todos os parlamentares e funcionários de alto nível do país.

Em junho, a imprensa russa publicou uma mensagem do WhatsApp atribuída a Antov, na qual considerava um ato de "terrorismo" um bombardeamento do Kremlin contra a Ucrânia. O deputado negou as acusações e insistiu em que apoiava a "operação militar especial" da Rússia no país vizinho.

"Todas as pistas possíveis estão a ser verificadas" em relação com a morte dos dois cidadãos russos, declarou Pandit. Segundo o chefe da polícia, a paragem cardíaca de Bidenov pode ter sido causada pelo consumo de álcool e uma possível overdose.

O agente afirmou que Antov e os seus amigos visitaram várias cidades antes de chegarem ao hotel localizado na cidade de Rayagada.

A polícia disse que está a rever as imagens das câmeras de segurança e a interrogar funcionários do hotel, enquanto espera por relatórios detalhados da necrópsia. No curso da investigação, já foram ouvidos os outros dois russos do grupo, assim como dois agentes de viagens locais que os acompanhavam.