Em nota, a Polícia Judiciária informa que "através da Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT), procedeu, nesta data, à realização de uma operação tendente ao cumprimento de Mandados de Busca domiciliária, no âmbito de inquérito titulado pela Secção de Investigação do Crime Violento do DIAP de Lisboa".
Segundo a PJ, esta investigação decorreu por "suspeitas de atentado dirigido a estudantes universitários da Universidade de Lisboa", sendo que, avaliada a gravidade do potencial atentado, "foi atribuída a máxima prioridade à investigação, a qual permitiria, no dia hoje, às primeiras horas do dia, interromper a atividade criminosa em curso".
O suspeito, um jovem de 18 anos, foi detido "em flagrante delito" com várias armas quando se preparava para cometer o atentado, sendo amanhã "presente a primeiro interrogatório judicial de arguido detido para sujeição à medida de coação tida por adequada". O detido foi indiciado "pela prática do crime de terrorismo".
O comunicado da PJ adianta ainda que nas buscas efetuadas foram "apreendidos vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais". Nestes encontravam-se "várias armas proibidas", mas também "outros artigos suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos, vasta documentação, isto, para além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear". Ou seja, os agentes em questão encontraram o plano para perpetrar o atentado.
Tem sido adiantado por vários meios de comunicação de que o suspeito se trata de um estudante de engenharia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, de nacionalidade portuguesa e que planeou matar vários colegas de forma indiscriminada com uso de várias armas, algumas delas facas de grandes dimensões. O DN pormenoriza: tratam-se de catanas, bestas, outras armas brancas e botijas de gás.
Segundo o jornal Público, o jovem em questão é oriundo de Fátima e encontrava-se a residir no bairro dos Olivais, em Lisboa, tratando-se de um estudante introvertido e com perturbações que visualizava com frequência vídeos de tiroteios como os que ocorrem nos EUA. Ao que tem sido apurado, o atentado não teria motivações religiosas ou ideológicas.
A mesma emissora refere que o alerta chegou à PJ por sinalização do FBI, o corpo de investigação a nível nacional dos EUA, que já andava a monitorizar o suspeito em conversas nas redes sociais e na dark web e que detetou a intenção do jovem de cometer o atentado.
Após articulação com o Ministério Público, e depois de proceder a diligências de monitorização da vida deste estudante, a PJ avançou para buscas domiciliárias na manhã desta quinta-feira, avança a CNN Portugal.
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