As autoridades garantiram que tomarão medidas rigorosas, ao abrigo de uma lei da era colonial que proíbe reuniões de cinco ou mais pessoas, segundo a AFP.
“Algumas pessoas estão a instigar reuniões ilegais em torno da Comissão Eleitoral e de outros gabinetes do governo”, disse a polícia da capital, Islamabad.
A polícia paquistanesa avisou que “serão tomadas medidas legais contra reuniões ilegais” e que “convocar reuniões também é uma ofensa”.
Em causa está o apelo do presidente do Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI), Imran Khan, no sábado, para que os apoiantes protestem pacificamente, por considerar que as eleições de quinta-feira foram “fraudulentas”.
Candidatos independentes, na maioria ligados ao partido de Khan, o PTI, conquistaram o maior número de assentos na votação, reduzindo as hipóteses da Liga Muçulmana do Paquistão-Nawaz (PML-N) do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, apoiado pelo exército, obter a maioria para liderar o país.
O partido de Imran Khan não foi autorizado a aparecer nos boletins de voto, apresentando-se os seus candidatos como independentes.
Contudo, os independentes não podem formar um governo, o que poderá originar semanas de incerteza política, onde os partidos rivais terão de negociar possíveis coligações.
Os líderes do PTI dizem que teriam conquistado ainda mais assentos se as eleições não tivessem sido, segundo acusam, fraudulentas.
O corte dos serviços de telemóveis e Internet pelas autoridades na quinta-feira, dia das eleições, e a lentidão na contagem dos resultados levantaram suspeitas de tentativas de manipulação do processo eleitoral por parte dos militares, com o objetivo de ajudar o PML-N a vencer.
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