Esta “Marcha Russa”, que reúne anualmente a 04 de novembro grupos ultranacionalistas e de extrema direita, tinha sido autorizada pelas autoridades, mas a polícia proibiu hoje aos organizadores a utilização dos seus ‘slogans’ por considerá-los inapropriados.
Os manifestantes planeavam usar palavras de ordem contra o Governo como “Putin é um ladrão” e “Liberdade para os presos políticos”.
Os organizadores responderam anulando o encontro e os participantes que ainda não tinham passado pelos detetores de metais instalados pela polícia começaram a ser interpelados.
Este ano, o desfile juntou cerca de 300 pessoas, segundo um jornalista da AFP, e 200, segundo a polícia.
Pelo menos 30 pessoas foram interpeladas, segundo uma fonte policial citada pela agência TASS.
Segundo o site OVD-Info, citado pelas agências noticiosas, terão sido detidas 41 pessoas, entre as quais um dos organizadores, Konstantin Filine.
Um outro líder nacionalista, Ivan Beletski, escreveu na rede social Facebook que a polícia tinha realizado uma busca ao seu apartamento na manhã de hoje, antes da manifestação, quando ele não se encontrava em casa.
A “Marcha Russa” é organizada todos os anos por ocasião da festa da Unidade Nacional, feriado na Rússia que assinala a expulsão das forças de ocupação polacas do Kremlin, em 1612.
A manifestação junta cada vez menos participantes e é frequentemente ultrapassada por outras iniciativas organizadas no mesmo dia por entidades ou grupos próximos do Governo.
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