Segundo o principal diário de Moçambique, o memorando foi assinado pelo comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, e pelo inspetor-geral da Polícia da Tanzânia, Simon Sirro.

Ao abrigo do entendimento, as forças policiais dos dois países vão trocar informações sobre a criminalidade transfronteiriça e atos considerados terroristas.

O acordo prevê igualmente operações conjuntas, assistência técnica e desenvolvimento institucional.

O combate ao tráfico de drogas e crimes económicos e financeiros são também parte dos objetivos preconizados no memorando de entendimento.

No fim de semana, um grupo armado matou cinco pessoas e feriu várias outras num ataque à sede do posto de Olumbi, distrito de Palma, Cabo Delegado, nordeste de Moçambique, fronteira com a Tanzânia, disseram hoje à Lusa várias fontes.

Uma moradora de Olumbi, Aneia Sumaili, disse que o grupo invadiu a sede do posto administrativo e disparou contra edifícios estatais e várias barracas do mercado local, que foram incendiadas.

“Dispararam e queimaram as barracas do mercado, entraram no governo (secretaria) e vandalizaram, queimaram a mota do chefe do posto e casa dele também foi invadida”, contou à Lusa Aneia Sumaili, referindo que se mantém um clima tenso entre a população.

O governador local confirmou o ataque, mas remeteu mais pormenores para a polícia.

Supõe-se que o grupo seja o mesmo que atacou a sede de Mocímboa da Praia a 05 de outubro de 2017, em que morreram pelo menos dois agentes da polícia e outros quatro elementos das forças de segurança, além de uma dezena de atacantes.

Contactada pela Lusa, a polícia de Cabo Delgado ainda não se pronunciou sobre o novo ataque.