Com 53.545 estatutos de proteção temporária atribuídos, a Polónia mantém-se na liderança dos países da UE no que respeita a acolhimento de refugiados da Ucrânia, seguida da Alemanha (51.980) da Roménia (9.715), da Espanha (5.754) e da Irlanda (4.925).

Face aos dados de agosto, o número de ucranianos que receberam proteção temporária recuou em 18 dos 25 Estados-membros para os quais o serviço estatístico da UE tem dados disponíveis, com as maiores quebras a serem registadas na Polónia (-13.735), Alemanha (-10.160) e França (-2.830).

Por seu lado, a Irlanda (+900), Dinamarca (+345) e Chipre (+105) registaram os maiores aumentos no número de refugiados face a agosto.

Em Portugal, foram concedidas 1.285 proteções temporárias a ucranianos, um recuo face às 1.450 de agosto.

A ofensiva militar da Rússia na Ucrânia, lançada a 24 de fevereiro, causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classificou esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia — foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados, desde o início da guerra, 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.