“Os Estados Unidos condenam a ilegítima usurpação do poder por Maduro hoje, após as eleições sem liberdade e justiça que ele impôs ao povo venezuelano a 20 de maio de 2018, mantêm-se firmes no apoio ao povo venezuelano e continuarão a usar todo o poder económico e diplomático norte-americano para exercer pressão para que a democracia venezuelana seja restaurada”, declarou Pompeo em comunicado.

Reiterando o apoio de Washington à Assembleia Nacional da Venezuela, que considera “o único ramo legítimo do Governo devidamente eleito pelo povo venezuelano”, o chefe da diplomacia norte-americana defendeu “estar na altura de a Venezuela iniciar um processo de transição que possa restaurar a ordem constitucional democrática realizando eleições livres e justas que respeitem a vontade do povo venezuelano”.

Para atingir tal objetivo, os Estados Unidos “adotaram medidas agressivas contra o regime de Maduro e seus facilitadores” impondo na terça-feira, dois dias antes de o dirigente venezuelano tomar posse para o seu segundo mandato presidencial de seis anos, sanções a sete pessoas e 23 entidades “envolvidas num esquema de corrupção para explorar as práticas de câmbio da Venezuela”.

“Ao manipular o sistema em seu favor, estes indivíduos e estas entidades roubaram mais de 2,4 mil milhões de dólares enquanto o povo venezuelano passava fome”, denunciou.

O governante norte-americano saudou “a iniciativa da nova liderança da Assembleia Nacional de trabalhar com a comunidade internacional para recuperar esses e outros fundos roubados e de os utilizar para aliviar o sofrimento do povo da Venezuela” e assegurou que “os Estados Unidos vão continuar a desempenhar um papel ativo para esse fim”.

Mike Pompeo indicou ainda que Washington impôs “e vai continuar a impor revogações de vistos e outras restrições a atuais e antigos governantes venezuelanos e respetivas famílias que se considere serem responsáveis por ou cúmplices de violações dos direitos humanos, atos de corrupção pública e enfraquecimento da governação democrática”.

“Não permitiremos que eles ajam impunemente ou que usufruam dos seus benefícios ilícitos nos Estados Unidos — e instamos outros países a fazerem o mesmo”, frisou.

“Está na altura de os líderes venezuelanos fazerem uma escolha: instamos aqueles que apoiam este regime, do comum trabalhador por conta de outrem que sobrevive graças a subsídios de alimentação às forças de segurança venezuelanas que juraram defender a Constituição, que parem de permitir a repressão e a corrupção e trabalhem com a Assembleia Nacional e seu líder devidamente eleito, Juan Guaido, no cumprimento da vossa Constituição, para um retorno pacífico à democracia”, apelou o secretário de Estado norte-americano no comunicado.