Em declarações à Lusa, o comandante regional do Algarve, Vítor Vaz Pinto, disse que o exercício que testou a articulação entre as duas regiões e que terminou na sexta-feira, decorreu “dentro do que era expectável” num cenário fictício de incêndio rural de elevada complexidade.

“Foram identificadas algumas situações, pontos fortes e pontos fracos, que serão analisados em pormenor assim que nos chegarem os relatórios para percebermos o que temos de alterar”, referiu o responsável.

De acordo com Vítor Vaz Pinto, o sistema de Proteção Civil “é dinâmico e estes treinos servem exatamente para que as forças de resposta sejam cada vez mais eficientes”.

O exercício denominado “DECIRALEX´23” simulou um incêndio rural de elevada complexidade numa área com grande potencial de desenvolvimento de fogo, que envolveu os municípios de Aljezur e Monchique (Algarve), e de Odemira (Alentejo).

Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o “fogo decorreu num contexto desfavorável ao seu combate”, potenciado por um quadro meteorológico adverso.

Tratou-se de um cenário “para testar os processos de decisão estratégica, coordenação institucional e comando operacional do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), bem como a execução tática da manobra e sustentação logística que o Sistema de Gestão de Operações (SGO) proporciona nos diferentes níveis de atuação e de comando, especificou ANEPC.

Ao mesmo tempo foram testadas as respostas do apoio medico-sanitário e do apoio psicológico e social de emergência, áreas lideradas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e pela Segurança Social, respetivamente, com o apoio dos serviços de ação social dos municípios.

A Proteção Civil adiantou que o contexto do exercício permitiu ainda “testar a ativação dos planos municipais de emergência e proteção civil de Aljezur e de Odemira que reuniram no terreno os seus centros de Coordenação Operacional Municipal (CCOM).

Estas estruturas asseguram a coordenação institucional perante um acidente grave ou catástrofe, numa plena articulação com os níveis sub-regional e regional, refere.

No exercício DECIRALEX’23 participaram 323 elementos e 130 meios técnicos dos diferentes serviços e agentes de Proteção Civil da Região do Alentejo e do Algarve.