Em resposta a questões colocadas pela agência Lusa através de correio eletrónico, a AdVT indicou que as albufeiras de Monte Novo e Vigia “dispõem de reserva para responder às necessidades de abastecimento de água às populações durante os próximos meses”.

Sem apontar uma data precisa, a empresa do Grupo Águas de Portugal (AdP) notou que a reserva de água destas albufeiras é suficiente “desde que garantidos os volumes concessionados para abastecimento público”.

“De qualquer forma, estão disponíveis, em ambos os casos e em pleno funcionamento, alternativas de abastecimento de água a partir do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA)”, sublinhou a AdVT.

Quanto aos sistemas com origens subterrâneas, adiantou, com o “atual conhecimento” que existe sobre os níveis freáticos, “afigura-se que não existirão problemas de abastecimento no presente ano hidrológico”, que termina no final de setembro.

Segundo a empresa, até agora, “não houve ainda necessidade de abastecimento de forma continuada através de autotanques”, pelo que as localidades “têm estado a ser normalmente abastecidas a partir do sistema de abastecimento em alta”.

A área da concessão da AdVT na região Centro Alentejo, que corresponde ao distrito de Évora, envolve os concelhos de Évora, Reguengos de Monsaraz, Mourão, Portel, Redondo, Alandroal e Borba.

Mais de um quarto do território do continente estava no final de junho em seca extrema (28,4%), verificando-se um aumento em particular na região Sul e em alguns locais do interior das regiões Norte e Centro, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O restante território estava em seca severa (67,9%) e seca moderada (3,7%).

No último dia do mês de maio, 97,1% do território estava em seca severa, 1,5% em seca moderada e 1,4% em seca extrema.

No final de junho, os valores de percentagem de água no solo continuavam muito baixos em todo o território e em especial no interior do Norte e Centro, no Vale do Tejo, no Alentejo e no Algarve.