O ex-vice-primeiro-ministro no governo PSD-CDS (2015-2019) abriu o segundo dia a segunda convenção da Europa e da Liberdade, que hoje termina em Lisboa, que é dedicado à "refundação" a falar sobre os desafios da globalização, da desglobalização e Portugal numa sala da Culturgest e teve na primeira fila o antigo chefe do Governo Pedro Passos Coelho

Falou durante uma hora, de globalização, da deslocação do centro de importância para a Ásia, de desafios da Europa, das políticas da imigração e dos riscos de a democracia clássica vir a ser substituída pela democracia digital e do Governo “para os ‘likes’” nas redes sociais.

Paulo Portas definiu uma fronteira na discussão sobre imigração, que divide a Europa e até a direita, uma hora antes do debate que junta André Ventura, do Chega, e João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, deputados dos dois novos partidos que entraram para o parlamento em 2019, sobre o espaço da extrema-esquerda e o socialismo radical, e a que não assistiu.

Para o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, a imigração é “um ponto desagradável” discutir na Europa, mas a situação demográfica no continente “não consente” elaborar no “cenário fraudulento” de pensar que é possível existir “imigração zero”.

“O problema não é de direita nem de esquerda, é um problema matemático”, afirmou, quanto às necessidades de financiamento do Estado social, para depois defender “um consenso” entre a “direita moderada” e a “esquerda moderada” para se conseguir uma política de imigração europeia.

É preciso os europeus serem “capazes de fixar política” que seja “dignificante” e não aos deixe “dependente de chantagens e tráficos alheios”, disse Portas numa referência implícita à Turquia e ao acordo que travou milhares de imigrantes nas fronteiras turcas.

Para o antigo líder centrista, “vir trabalhar para a Europa” implica a “adesão a um conjunto mínimo e valores” comuns aos europeus, como o respeito pelo papel da mulher ou da igualdade de género ou ainda a recusa da violência com base em crenças religiosas.

“É indiferente que o púlpito religioso seja usado para promover a violência?”, perguntou, para dar a resposta “não” logo a seguir.

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