O espanhol El País recorda que Portugal corre o risco de ter a sua "terceira eleição antecipada em três anos". “A cada dia que passa, Portugal dá passos em direção a novas eleições”, acrescentam.

Já o El Correo e EDATV News apontam o dedo a Luís Montenegro. "Primeiro-ministro português abre a porta a um ato eleitoral", intitula o primeiro, enquanto o segundo refere que: "Portugal à beira de eleições por alegado caso de corrupção do primeiro-ministro".

Ainda em Espanha, o jornal madrileno ABC refere a moção de censura chumbada na quarta-feira, mas que, mesmo assim, o Governo de Luís Montenegro, de maioria relativa, “pode estar a chegar ao fim”, depois de o primeiro-ministro ter anunciado uma moção de confiança que o PS, o maior partido da oposição, já disse que irá votar contra.

Outros meios como a edição espanhola do Huffington Post e o Qué Pasa falam do chumbo da moção de censura e da moção de confiança e realçam que Portugal passa por uma "grave crise política".

A agência Reuters dá destaque à polémica que conduziu à atual crise política em Portugal, nomeadamente a empresa familiar de Luís Montenegro. Segundo a agência britânica, o líder do Governo “arrisca a sua própria demissão” ao avançar com a moção de confiança.

A Bloomberg sublinha a possibilidade país ir a eleições se o Governo perder a moção de confiança que propôs no Parlamento, e que deve ser votada na próxima semana. Dizem também que o Executivo de Luís Montenegro “não tem atualmente apoio suficiente para ganhar o voto de confiança” dos deputados e, está na iminência das “terceiras eleições antecipadas em menos de quatro anos”, o que pode atrasar decisões como a privatização da TAP e o investimento na Alta Velocidade.

Na Bélgica, o La Libre destaca as palavras de Luís Montenegro após propor a moção de confiança. “As eleições antecipadas não são desejáveis, mas podem ser um mal necessário”. Já o Brussels Times refere que Portugal está em plena "à turbulência política" enquanto se aguarda a moção de confiança.

Do outro lado do atlântico, a Folha de São Paulo refere que o "Premiê de Portugal deve perder moção de confiança no Parlamento, e país pode ter novas eleições".