“Estivemos cá em setembro para pedir, por um lado, mais meios, a antecipação de meios e pré-posicionamento de meios [de combate aos fogos], para prepararmos o próximo verão e fecharmos a realização — e ficou fechado, está assumido -, dia 10 de janeiro, um encontro europeu de alto nível, técnico e também de nível político, precisamente para nos prepararmos para aquilo que são os desafios da primavera e do verão”, disse o ministro, que se reuniu ao final da tarde com o comissário europeu de Gestão de Crises, Janez Lenarcic.

Em setembro passado, o ministro já revelara em Bruxelas que a Comissão Europeia tinha concordado com uma proposta portuguesa com vista à realização de um seminário para que se tirem as lições e “extrair conhecimento dos grandes incêndios que lavraram em toda a Europa e em Portugal” em 2022, com vista ao plano de ação para 2023″, tendo então agora o evento ficado agendado para 10 de maio em Portugal.

A reunião contará com a presença do comissário Lenarcic, do ministro da Administração Interna, bem como de ministros e de peritos de todos os Estados-membros e países Associados ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

De acordo com o gabinete do ministro da Administração Interna, na reunião de hoje de ministros dos Assuntos Internos da UE em Bruxelas, o comissário Lenarcic anunciou também que a UE vai mesmo reforçar os meios colocados à disposição dos Estados-membros, através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, tendo em vista fazer face aos incêndios florestais do próximo ano, tal como defendera Portugal.

“Em idêntica linha, a Comissão confirmou a sua intenção de assegurar a criação, para o próximo verão, de quatro equipas de resposta, com meios aéreos e equipas terrestres, preposicionadas nos Estados-membros ou regiões potencialmente mais afetados, em cujo contexto Portugal reiterou a sua disponibilidade e interesse em acolher uma destas equipas”, adiantou o gabinete do MAI.

O gabinete do ministro precisou que Portugal sugeriu designadamente o pré-posicionamento de uma dessas equipas na zona de Castelo Branco, “podendo a mesma ser preposicionada tendo em vista auxiliar não apenas Portugal, mas também Espanha, num verdadeiro espírito de cooperação transfronteiriça ibérica”.