“A realidade é que temos um país a duas velocidades, eu penso que ninguém deve ter dúvidas que hoje ainda temos um país profundamente assimétrico do ponto de vista das competências digitais e da sociedade de informação”, disse na intervenção na segunda edição da cimeira aeronáutica “Portugal Air Summit”, que decorre até domingo em Ponte de Sor (Portalegre).
O presidente executivo da Altice Portugal sublinhou o papel de “muitas ‘startups’ nacionais”, um exemplo de empreendedorismo”, lamentando, ao mesmo tempo, que o país viva “profundamente iliterato” do ponto de vista digital.
“Se olharmos para o último relatório da União Europeia sobre aquilo que é o digital, a sociedade digital na Europa a 28, verificamos que Portugal ocupa neste último estudo a 16.ª posição entre 28 Estados-membros, descemos uma posição”, disse.
“Verificámos também que este estudo diz que temos baixas competências, que temos baixas competências digitais na nossa população e que isso é um fator para promover aquilo que é a infoexclusão de franjas importantes da população nacional e, como tal, esse é um profundo entrave ao nosso progresso”, acrescentou.
Alexandre Fonseca congratulou-se ainda por Portugal ter subido neste relatório uma posição (do 9.º para o 8.º lugar) na cobertura de infraestruturas de banda larga e móvel.
“Aqui sim, estamos bem posicionados, fruto da iniciativa privada, do investimento em infraestruturação e de levarmos a banda larga a todo o país”, disse.
O presidente executivo da Altice lamentou ainda que “30%” dos portugueses não façam acesso regular à Internet ou não tenham capacidade de fazer essa navegação na Internet.
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