Além de questões europeias, a visita oficial de hoje de António Costa à Eslovénia serviu também para os dois países abordarem formas de aprofundar a sua relação bilateral, com ambos os chefes de Governo a fazerem votos para que a mesma seja ainda “mais próxima e ativa”.

Relativamente ao início dos preparativos para aquela que será a quarta presidência portuguesa da União Europeia e a segunda da Eslovénia, e pela segunda vez no formato de trio, como sucedeu entre 2007 e 2008, António Costa explicou que, apesar da distância temporal, é altura de “começar a trabalhar em conjunto” para definir as prioridades e gerir os dossiês.

Para um futuro mais imediato no plano de políticas da UE, reafirmou perante o seu homólogo esloveno, Miro Cerar, aquela que é a prioridade para Portugal: completar a União Económica e Monetária (UEM).

“Essa é uma questão chave para a estabilidade da zona euro e esta é uma boa janela de oportunidade: todos os países estão a sair dos Procedimentos por Défice Excessivo, todos estão a crescer economicamente, todos estão a criar emprego, não há neste momento nenhuma crise iminente, e portanto é uma boa altura para resolver os problemas estruturais que ainda existem”, disse, reforçando que completar a UEM é o melhor contributo para a convergência real das economias e sociedades europeias.

Miro Cerar assegurou que Eslovénia e Portugal “têm pontos de vista semelhantes”, nesta como noutras matérias, sublinhando também a importância da política de coesão com vista a uma maior convergência.

O primeiro-ministro esloveno, que disse esperar que o trio de presidências da UE “seja tão bem sucedido com o anterior”, apontou que Eslovénia e Portugal são “países amigos, membros da UE e aliados na NATO, com relações muito amistosas”, que podem ser ainda mais desenvolvidas.

Costa recordou que ambos se sentam lado a lado nas cimeiras europeias, o que permitiu desenvolver “ao longo destes dois anos uma boa relação pessoal”, e observou que o desejo que ambos partilham “é que as relações entre os dois países possa ser cada vez mais próxima e ativa”

“Vemos com grande otimismo a oportunidade de reforço da cooperação bilateral”, disse, apontando a título de exemplo “a área da industrial automóvel, a área farmacêutica e a área das novas tecnologias”, como domínios onde pode ser aprofundada a relação, o que de resto motivou a presença na comitiva portuguesa do presidente da AICEP (Agência para a Internacionalização e Comércio Externo de Portugal), Luís Castro Henriques, para contactos exploratórios.

Depois do encontro com o chefe de Governo esloveno, António Costa reuniu-se ainda com o presidente da Assembleia Nacional, Milan Brglez, e com o Presidente da República, Borut Pahor.