A declaração foi divulgada em Santo Domingo, República Dominicana, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros dominicano, Roberto Álvarez, e sublinha que “qualquer atraso” nesta verificação, “de preferência por parte de uma entidade internacional para garantir o respeito pela vontade do povo venezuelano expressa nas urnas”, põe em causa os resultados publicados oficialmente.
Os signatários da declaração são Argentina, Canadá, Chile, República Checa, Costa Rica, Equador, Espanha, Estados Unidos, El Salvador, Guatemala, Guiana, Itália, Marrocos, Holanda, Panamá, Paraguai, Peru, Reino Unido, Suriname, Portugal, República Dominicana, Uruguai e União Europeia.
A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.
A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um “ciberataque” de que alegadamente foi alvo.
Os resultados eleitorais têm sido contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo de cerca de duas mil detenções e de mais de duas dezenas de vítimas mortais.
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