Estas posições foram transmitidas por António Costa na sessão de abertura do Fórum de Negócios Portugal/Coreia do Sul, integrado no segundo e último dia da visita oficial a este país asiático, num discurso em que procurou demonstrar a uma plateia de empresários sul-coreanos as vantagens de se investir no país.
“Temos as condições e as oportunidades, mas o mais importante é que temos a disponibilidade do Governo português para apoiar investimentos estratégicos, designadamente em áreas como os microchips, energia e mobilidade verde, com incentivos financeiros muito significativos ao abrigo do novo regime europeu de auxílios estatais. Para o efeito estamos disponíveis para mobilizar até 11 mil milhões de euros”, especificou.
A estes 11 mil milhões de euros, segundo António Costa, somam-se mais de 39 mil milhões de incentivos financeiros no âmbito do Portugal 2030 e no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.
“Além dos incentivos financeiros, estão disponíveis importantes créditos fiscais às empresas, através da concessão de isenções fiscais e subvenções para a criação de emprego”, completou.
Na intervenção, o líder do executivo começou por apontar que já existem investimentos relevantes de empresas portuguesas na Coreia do Sul e de empresas sul-coreanas em Portugal.
“Mas podemos fazer mais, muito mais, porque há muitas razões que fazem de Portugal o destino perfeito para empresas e investimentos sul-coreanos. Em primeiro lugar, Portugal tem uma mão-de-obra altamente qualificada. A percentagem de jovens adultos portugueses com ensino superior está acima da média europeia: 47% contra 42% na União Europeia”, referiu.
António Costa disse que Portugal tem “a terceira maior taxa de recém-licenciados em engenharia na Europa”, apenas abaixo da Alemanha e da Áustria.
“Somos o sexto país mais seguro do mundo e o 15.º de 214 em estabilidade política e coesão social. Portugal possui uma importante tradição industrial e um tecido empresarial flexível e fiável. Portugal é conhecido pela sua abertura ao investimento estrangeiro e ao comércio externo”, advogou.
António Costa defendeu ainda que Portugal, de acordo com a Comissão Europeia, é o mais “preparado para cumprir as metas intermédias da União Europeia em 2030 em matéria de neutralidade climática”.
“E o peso significativo das energias renováveis no nosso cabaz energético permitiu-nos manter o preço da eletricidade praticamente inalterado face à atual crise energética”, assinalou, numa alusão às consequências da guerra na Ucrânia, num discurso que antecedeu o do ministro da Economia, António Costa Silva.
De acordo com o primeiro-ministro, “os conhecimentos e a experiência de sul-coreanos e portugueses podem complementar-se e reforçar-se mutuamente”.
“Unindo esforços, estou certo de que seremos capazes não só de aumentar as oportunidades de benefício económico mútuo, mas também de criar um futuro melhor para os cidadãos coreanos e portugueses”, sustentou.
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